

01.
O que é governança familiar?
Governança familiar é o conjunto de práticas, princípios e instrumentos que regulam a relação entre a família, a propriedade e a empresa em um negócio familiar.
Ela nasce da necessidade de preservar o patrimônio, a harmonia e a perenidade da empresa ao longo das gerações.
Em outras palavras, é o sistema que organiza a convivência entre o “coração” (a família) e o “negócio” (a empresa), evitando que conflitos emocionais prejudiquem as decisões empresariais.
02.
Quando a governança familiar é usada?
A governança familiar é usada especialmente quando:
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A empresa cresce e envolve mais de um membro da família — quando passa de “empresa do fundador” para “empresa da família”.
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Há sucessão em curso ou prevista, exigindo regras claras sobre quem pode assumir funções de liderança.
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Existem divergências entre sócios familiares, e é preciso criar instâncias formais de diálogo.
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A família quer preservar o legado e os valores, definindo uma visão de longo prazo.
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Deseja-se separar os papéis de família, propriedade e gestão, profissionalizando a empresa.
03.
Instrumentos de governança familiar
A governança se concretiza por meio de documentos e estruturas formais, como:
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Conselho de Família: espaço de diálogo sobre temas familiares ligados ao negócio.
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Assembleia Familiar: fórum mais amplo, que reúne todos os membros para tratar de assuntos de interesse comum.
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Constituição Familiar (ou Protocolo Familiar): documento que registra os princípios, valores e regras da relação família–empresa.
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Acordo de Sócios: regula direitos e deveres entre os proprietários.
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Conselho Consultivo ou de Administração: estrutura de governança corporativa que acompanha as decisões estratégicas.
Teoria dos três círculos

